Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de novembro, 2008
Uma pele ferida, abrindo tantas outras minhas feridas... Implora cuidados, grita os meus gritos silenciados... E coça, ralando a pele, arranhando a minha garganta que não saber o que dizer. Meu sono acorda e dorme, sonâmbulo, faz vigília as pequeninas mãos que não sabem o que fazer. Uma pele que se divide, separando-se como o que já de mim foi separado... Chora silenciosa, pelo um-ele, uma-eu, que apenas sou o que sou... E o corticóide interrompe ou acalma o meu coração que não aceitou. Os meus olhos vêm a pele lisa, mas as marcas confirmam que a dor ainda na acabou. Uma pele sensível, absorvendo minhas tolas culpas... Pede defesa, pelos meus erros que não são seus... E o sulfhur ensina a pele que aprende, que meu tempo é camomila e calêndula. Minhas mãos alisam, minha boca beija, acompanha o vir e o ir, com a certeza de Shakespeare: “...que o amor, e não tempo, é que cura todas as feridas.” Uma pele com alergia, relembrando a minha intolerância... Pede “altas”, mas eu não posso “café