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Mostrando postagens de dezembro, 2009

Coluna Relacionamentos - Jornal BsB Condomínios

As crianças são verdadeiros Sábios!

   Há uns dez anos, escutei de uma amiga essas poucas palavras, e desde então, venho constatando sua veracidade, no convívio com meu filho, minhas sobrinhas e os amiguinhos deles, indiretamente no consultório e ainda, na minha própria vida, numa análise retrospectiva.            Há na natureza da criança a realeza de Ser O Que Se É!            Lembro-me quando muito pequena, gostava de estar entre as amigas, que não eram muitas, uma, duas ou três no máximo, sempre fui tímida. Nós gostávamos de brincar de bonecas, de casinha e de conversar. Eu gostava de falar e escutar sobre a vida, sobre os amores e as dores. Sim, eu tinha uns seis anos e já amava e já sofria... Crianças também sentem!            Lembro-me ainda, que quando aprendi a escrever, eu vivia pelos cantos do meu quarto com agendas, diários, cadernetas onde escrevia meus segredos, meus sonhos e minhas poesias.            Eu fui crescendo e os desenhos passaram a fazer parte de mim, assim, como as fórmulas matemáticas e as que

Toca-me

Lá está você, Solto no chão, Diante de mim, Cansado de não, Como um velho pano de cetim. Eu me aproximo, Reparo tuas formas, teus traços, Teus cabelos grisalhos. Teu Corpo, Chama-me: Toca-me... Eu te toco, Acaricio tua pele macia. Sinto tua temperatura, tua energia, Teu clamor, teu glamour, teu calor, tua Chama. Toca-me... Eu te toco mais, Meus lábios Reconhecem os teus, O teu pescoço, o teu colo, o teu... Corpo inteiro. Chama-me. Toca-me. Eu entrelaço Minhas linhas nas tuas. Entre. Laço. Sinto novas tramas, novas chamas: Chamas-me: Toca-me... Eu te deformo, Levemente. Minhas formas Te in-formam, des-formam, formam: O Teu, a minha, a nossa mansa Transa. Toca-me... Toca-me mais, mais e mais... Cá está você, Solto no meu colchão, Diante de mim, Eu cansada de não, Te desejando SIM: TOCA-ME... Fernanda Barros de Matos Do livro “Danças do Cotidiano”

A Queda e o Depois

Imagem de Waldir Catanzaro http://www.wcatanzaro.com/ Fecho os meus olhos: Sinto o vento nos cabelos. Estou quase voando como o vento. Voando para o chão... Seguro nos cabelos dele. Escorrego para a esquerda, meu pé esquerdo está preso, isso parece bom. Tento apertar as minhas pernas, eu não consigo. O vento é rápido demais! Ouço gritos que atravessam o vento, mas não os entendo. Sinto meu corpo cada vez mais solto. Tento segurar-me em seu pescoço, mas ele se mexe como o vento. Olho para frente, o fim da pista, vejo o portão, a montanha, muitas pedras no chão. Olho um pouco para o lado, lama, e mais em frente, muro. Meu pé esquerdo está preso, isso é muito ruim. Tento soltá-lo, eu consigo. E eu vôo, para o chão. Penso: ‘Fudeu!’ Cadê Ele? Será que vai voar como o vento, atravessando-me como se eu fosse o chão? Sinto medo, muito medo. Longe, vejo meu filho, ele está no chão e corre em minha direção. O que aconteceu? Com ele? Comigo? Qual parte do meu corpo que machucou? Não sinto nada. N