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Ernst Haas, The Misfits, Nevada, 1960 Mais uma grande aula ontem! Era noite. Os céus estavam acobertados de negras e pesadas nuvens desejosas por descarregarem seu choro. Pegamos nossos cavalos. Seria impossível a aula na pista descoberta.Fomos ao Picadeiro. Eu adoro as aulas lá. E hoje entendo o porquê. O local menor e fechado propicia a concentração, tanto na aula e no professor, como principalmente, no Eu e no Outro, o cavalo. São aulas de afinação dos sentidos e das técnicas. Aparentemente simples e fáceis, no entanto, muito certeiras no polimento das relações cavaleiro/amazonas com seus cavalos. A turma estava cheia, uns 10 alunos. O Exercício era passar por cima de quatro barras apoiadas no chão, separadas entre si uns dois metros (acho eu, mas posso estar enganada). A primeira vez, ao passo com os olhos abertos. Depois, ao passo com os olhos fechados. Em seguida, ao trote com os olhos abertos e depois, ao trote com os olhos fechados. Mais do que o foco no tipo de andadura, a apr

Medo x Desejo Na carne de uma mulher, a mãe. A Experiência diz: Cuidado! Você já caiu. Tem certeza que quer se expor? E se você cair novamente? E se machucar mais sério? Vai doer. Você não tem mais idade... Não quer desejar outra coisa mais simples? Você já caiu. Pode ser um aviso de se recolher, de se proteger. Cuidado! Tem certeza? Eu vou, Mas espero que eu não caia... Desejo x medo Na carne de um menino, o filho. A Vivência diz: Que legal! Como é bom! Eu quero experimentar. É como mais uma aula... Eu já fiz isso, e bem. Vou me cuidar. É, posso cair, Basta estar montado para cair. Mas não vou: Eu encanto meu cavalo, Ele me escuta, Sinto a boca dele, Deixo minhas pernas presas nele e vou. Vou ser o primeiro! Medo x Desejo - está em terceira pessoa... experiência. Desejo x medo - é a primeira pessoa... vivência. Competição 21 de fevereiro de 2010 Medo x Desejo - a mãe - Não caiu do cavalo - Medalha invisível. Parabéns! Competição 21 de fevereiro de 2010 Desejo x Medo - o filho e o cava

Sir Joshua Reynolds: Retraro de Miss Bowles com seu cão, 1775. Wallace Collection, Londres. Estrela da Estrada Parque Foi minha cachorra mais querida da infância. Uma fila brasileiro, Corpo malhado, patas com luvas brancas, Rosto preto com uma tira branca do focinho à cabeça, E dentro da listra branca, um círculo preto, uma Estrela. Linda, a minha Estrela. Meiga, a minha Estrela. Alegre, a minha Estrela. Vivia no meu colo, a minha Estrela. E eu Fernanda, vivia deitada na Estrela. Minha Estrela adoeceu, Teve que ser sacrificada... Eu fiquei escondida e não pude fazer nada... A minha estrela ficou apagada... Um dia antes desse triste dia, Fizemos um combinado secreto: Ela iria ser minha estrela do céu, Lá de cima iria me proteger... Eu iria ser sua estrela da terra, Por ela iria feliz viver... Minha estrela querida, Onde andas você? Já se foram trinta anos. Eu tinha me esquecido de você e do nosso combinado... e você? Você Estrela do Céu, também de mim se esqueceu? Hoje meu dia está esta

Eu sempre gostei de cavalos, só não sabia que poderia montá-los... são aqueles medos infundados colocados na cabeça da gente, sem explicações verdadeiras, apenas por questões de super-proteção...  aprendi que esportes "radicais" não são para mim... Agora, estou aprendendo o que realmente é verdade em mim, por mim, pelo que sinto na alma e no corpo. Levava meu filho duas vezes por semana à hípica. Sentada, na cadeira, lia, escrevia e via ele sentado, no cavalo, e sentia vontade de tentar. Mas como? Eu uma adulta, quase quarentona, acima do peso, sem condicionamento físico, como poderia? e o medo de cair... e se eu cair? Não. Não. Disse-me "não" por um ano inteiro! (sempre gostei de ritmos mais lentos...) Pois é, demorei um ano inteiro para vencer, o que eu não sabia que seria, apenas meu primeiro medo: subir num cavalo. Subi e desde de 2008 estou fazendo equitação. Depois de mais um ano comecei a saltar (outros medos). E depois de mais um ano saltando, caí pela prime

Quero arrancar teus óculos, Ver teus olhos, Sentir teus cílios tocando minha face. Quero arrancar tuas roupas, Ver teu corpo, Sentir teus pêlos tocando minha pele. Quero arrancar tuas amarras, Ver tua alma, Sentir-te livre junto a mim. Quero você assim. Quero você Sim!

Jean-Pierre Augier, Femme Aux Oiseaux Gosto de pensar que não há certos ou errados... Gosto de tentar: as vidas se fazem de tentativas... Gosto de voltar para aprender mais e mais... Gosto de reencontrar: há sempre palavras a dizer... Gosto de trilhar novos e antigos caminhos... Gosto de me libertar: quanto mais vivo, mais livre sou... Gosto de gostar de quem gosta de mim ou já gostou... Gosto de transar: meu corpo, o corpo do outro e o corpo soma de dois... Gosto de amar os amores findos ou eternos... Gosto de estar VÍVIDA, qual seja o lugar... Fernanda Barros de Matos

Modigliani disse a sua musa e amada Jeanne: "Quando conhecer a tua alma hei de pintar os teus olhos" Quem dera eu Um dia ser A Musa de um poema Como o seu Quem dera eu Ser a mulher desejada, Escutada e falada: Fala de amor. Quem dera eu Viver mais uma vez A paixão do meu coração Nos olhos de meu amor Quem dera eu Fazer de você A minha inspiração E escrever o amor Que descreve quem sou. Quem dera eu Amar e ser amada Mais uma vez Fernanda Barros de Matos