Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de novembro, 2010

Dois em busca de um...

Imagem oferecida pelo Grupo de Poesias Luna &Amigos Enquanto para frente olhas Eu, a teu lado, observo-te: Você incompleto. Eu te(mo) encaixo. Figuras tu. Eu vou à fundo. Dois em busca de um...   Fernanda Barros de Matos (Varal 50/466 - Ano IX - Exrecício do Grupo de Poesias Luna &Amigos; 7 linhas, 7 versos;) 

As correntes em minhas mãos

Imagem oferecida pelo Grupo de Poesias Luna &Amigos Entre raios e trovoadas Nossas noites de cavalgadas São solitrárias e silenciosas cantatas... Você me vê, mas não me vê? Você me quer, mas não me quer? As correntes estão em minhas mãos. Ou me aprisiono ou acorrento você! Fernanda Barros de Matos (Varal 49/465 - Ano IX - Exrecício do Grupo de Poesias Luna &Amigos; 7 linhas, 7 versos;)

O Segredo

Todo dia trocamos na brincadeira, A vontade e o desejo De rolarmos na cama, no pé da mangueira... Topas? qualquer uma... e eu, só, te vejo. Contas-me tuas asneiras. E eu?  não revelo meu segredo: Quero-te em meu enredo! Fernanda Barros de Matos (Varal 47/463 - Ano IX - Exrecício do Grupo de Poesias Luna &Amigos; 7 linhas, 7 versos;)

Mudança

Quarta à noite, tempos de encontros: desencontros. Vejo-te disperso, Assistindo novela, absorto. Torto. Tempos tontos... Quando farás algo reverso? Quando serás a tua mudança? Algum dia me convidarás para uma dança? Transas... toscas e mansas... Fernanda Barros de Matos (Varal 46/462 - Ano IX - Exrecício do Grupo de Poesias Luna &Amigos; 7 linhas, 7 versos;)

Orgulho

Meu orgulho me proibe de me entregar, Ao barulho da tua vida a vaguear, Sendo apenas bagulho a te viciar. Meu marulho me impede de me relaxar, Ao embrulho da tua vida a bagunçar, Sendo apenas entulho a te lixar. Segue a tua vida... enquanto eu paro, pedra, pedregulho... Fernanda Barros de Matos (Varal 45/461 - Ano IX - Exrecício do Grupo de Poesias Luna &Amigos; 7 linhas, 7 versos;)

Indissolúvel

Este teu momento volúvel, De deitar a cada noite com pés diferentes, Deixa-me silenciosamente inciumada... Eu desejo tanto ser tua única amada, Deitar todas as noites com teus pés carentes, Fazer-me tua substância indissolúvel, Libertar-te da tua libertinagem... miragem... Fernanda Barros de Matos (Varal 44/460 - Ano IX - Exrecício do Grupo de Poesias Luna &Amigos; 7 linhas, 7 versos;)

Lábios de Mel

Ontem, depois de anos, te revi... Foi tão agradável estar ali, Conversando desinteressada, Leve e apaziguada... Hoje, depois que dormi, Acordei e revi o que senti: Ansiedade... será que os teus lábios são de mel ou de fel? Fernanda Barros de Matos (Varal 43/459 - Ano IX - Exrecício do Grupo de Poesias Luna &Amigos; 7 linhas, 7 versos;)

Amargura

Quem dera se na minha tecedura, eu só experimentasse a amargura do chocolate puro do cacau... Quem dera se na minha procura, eu só experenciasse a aventura do amor puro do meu nicolau... Que a minha mistura seja recheda mais do bem do que do mal... Fernanda Barros de Matos (Varal 42/458 - Ano IX - Exrecício do Grupo de Poesias Luna &Amigos; 7 linhas, 7 versos;)

Cantilena

O que deveria ser um canto sagrado, Profaniza-se em cantilena... O ensino infantil tão estimado, Limita-se na alma pequena Do colégio ainda marcado, pela sua origem de fábrica e sirena , onde o aprender é industrializado, copiado, robotizado, cerceado... Fernanda Barros de Matos (Varal 41/457 - Ano IX - Exrecício do Grupo de Poesias Luna &Amigos; 7 linhas, 7 versos;)

Cabresto no eleitor

Como eleitora brasileira, sinto-me bastante presa, ao ser obrigada a votar... Voto de cabresto sem eira nem beira... O único ato em minha defesa, é o de não me anular: zero zero zero marcar. Fernanda Barros de Matos (Varal 40/456 - Ano IX - Exrecício do Grupo de Poesias Luna &Amigos; 7 linhas, 7 versos;)

O Prazer x O dever de Estudar

Foi-se o tempo, que os adultos tinham como motivação principal no trabalho, o ganho exclusivamente financeiro... Foi-se o tempo, que as crianças tinham como motivação principal na escola, o ganho de notas altas e estrelinhas douradas nos boletins... Ilusão ou realidade? Este é um acontecimento globalizado ou apenas uma minoria de pessoas investe no bem viver, no inserir os próprios sonhos em seu cotidiano? Para que servem os programas de qualificação profissional e empresarial? Para que serve todo o desenvolvimento tecnológico se o mesmo não é utilizado em prol da vida? Para que servem as melhorias de espaço físico, de recursos humanos, de materiais e metodologia nas escolas se não for associado à qualidade de desenvolvimento infantil? Vê-se que nas melhores escolas apesar destas conquistas, ainda falta algo, que vai para além dos ganhos coletivos e concretos, algo que concilie as características individuais e permita aflorar habilidades específicas... Algo determinante na vivência do

XX Prêmio Moutonnée de Poesia

Poesia Vencedora da Categoria Temática: Rocha Moutonnée ROCHA RARA Fernanda Barros de Matos Obra imperfeita da perfeita natureza, Ilação de uma história de abandono, Sustento-me no cume da incerteza E na solidão do outono. Sou rocha estriada e arredondada, Inscrita na vida ferida e na sobrevida De quem resistiu ao ser congelada, Amaldiçoada e preterida. Obra perfeita da imperfeita natureza, Agora teço o avesso do avesso, Com muita consciência de toda beleza que há no feio e no arrevesso. Sou pedra preciosa e rara, Prescrita para uma vida também florida Dedução de uma narração determinada e clara, Abençoada e escolhida.