Tua silenciosa e discreta vaidade Caminha encoberta na falsidade Da tua amizade, insinuada profunda, Escondedora de tua face imunda. Teu fitar dito seguro e otimista Convence qualquer um, a primeira vista, Da tua suposta força e boa vontade Vestidas de disponibilidade. Tua voz mansa e teu tom equilibrado Confundem o sincero e o desavisado, Da tua ambiguidade subliminar Coberta pela arrogância do amar. Teu afago, teu sorriso, tua doutrina Gritam a agressão atrás da tua cortina. Fernanda Matos – Soneto 3 – 21 junho 2012