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Mostrando postagens de outubro, 2009

Contemplação

Estou sozinha. Não tenho ninguém para conversar; Não tenho nada a fazer; Não tenho nada a me preocupar; Não tenho que sobreviver.        Só          Viver, Só                 Respirar, Só                              Dançar. Danço sozinha. Não tenho nenhum parceiro para me conduzir; Não tenho passos para imitar; Não tenho que partir; Não tenho o que mostrar.         Só           Estar, Só                 Fluir, Só                        Olhar. Olho sozinha. Não tenho ninguém para ver; Não tenho o que pedir; Não tenho ninguém a me ver; Não tenho que fingir.         Só           Sentir, Só                  Perceber, Só                                Contemplar. Contemplo:             Atentamente...                         Embevecidamente...                                       Demoradamente...                                                      Admiradamente...                                                                     Agradecidamente... Contemplo: Não Estou Sozinha... Fernand

Como é a sua Digital?

Foto: Lia - Dançaterapia, 2007 Como é a sua Digital? Como é o seu dedão? Como são as linhas da sua mão? E os seus braços, até onde vão? Sua digital deixa marcas? As linhas de suas mãos se estendem para além delas? O que abraçam os seus braços? Sua vida? Sua Vida é como você queria? Você está onde queria? Onde você queria estar? O que você queria estar fazendo? Está fazendo, o quê? O que fazer com o que você não está fazendo e queria? O que você veio fazer no planeta terra? Qual a sua digital no mundo? Quais as suas marcas? O que você tem e o que você é? Quais as suas linhas? Quais os seus princípios e verdades? Quais os seus abraços? Quem você ama e quem ama você? Quais a(s) sua(s) vida(s)? Como é a sua digital? Você é especial. Seu nome é Fulano de Tal. É única a sua digital. Fernanda Barros de Matos Do Livro “Danças do Cotidiano”

O Tempo e o Templo

Tempo, Tempo, Tempo... Passado, Presente, Futuro... Tempo, Tem pó. Pó de poeira. Pó de ouro. Pó de Pirlimpimpim. Tempo: Templo. Tempo: Tem pó. Pó de poeira. Poeira do passado, Templo de Terra: Tecido entrelaçado, guardado ou deixado de lado, corpo marcado de ter sido enraizado, mesclado ou abandonado. Sentido lembrado de ser: Eu fui. O Velho. Tempo do lento Gestar, Confiar, Entregar. Meu Paraíso Perdido. Tempo: Tem pó. Pó de ouro. Abençoado Presente. Templo de Água e Fogo: Pele que sente, o gelado e o quente, a delicadeza e a braveza, o fluente e o veemente, o que penetra e o impenetrável. Sentido imediato de ser: Eu Sou. O Velho e O Novo. Tempo do lento Cozinhar, Harmonizar, Integrar. Meu Sangue Vinho Tinto. Tempo: Tem pó. Pó de Pirlimpimpim. Viagem ao Futuro. Templo de Ar: Visão aguçada imaginação, movimento e libertação do espírito, a Criação. Sem convenção. Sem contenção. Sentido desejado de ser: Eu Serei. O Novo. Tempo do lento Sonhar, Escutar, Esperar. Meu Céu Infinito. Tempo, Te

Confiou, Dançou...

Inúmeras vezes me falaram e ainda me falam: “Não converse com estranhos... Não fale de você para ninguém... Não diga o seu nome... O mundo está perdido... O mundo é traiçoeiro... O mundo não é mais confiável... Abra os olhos... Desconfie primeiro... Não se entregue... Não se revele... Senão você dança... Eu avisei... Confiou, Dançou!” Inúmeras vezes me noticiaram e ainda me noticiam: “Fulano roubou Ciclano, como ele pôde?... Fulano traiu Ciclano, eu sabia!... Aquelazinha, nunca conseguiu me enganar, coitado dele... Como ele fez isso, largou mulher e filhos?... Que mãe é essa que abandonou um filho?... Que absurdo filho matando pais!... O mundo está perdido... O mundo é traiçoeiro... O mundo não é mais confiável... Abra os olhos... Desconfie primeiro... Não se entregue... Não se revele... Senão você dança... Eu avisei... Confiou, Dançou!” Inúmeras vezes eu vi e ainda vejo: “Passos apressados, apertando bolsas contra o corpo... Olhos baixos amedrontados, desviados das poeiras do ar, enco