Dona Margarida Oliveira era uma senhora muito simples, que adorava contar histórias. Contava tão bem, que a neta Isadora, pedia à mãe, para dormir na casa da avó pelo menos uma vez por final de semana. Às vezes, Dona Margarida contava histórias conhecidas, às vezes inventava, mas sempre narrava como se a mesma fosse baseada em fatos reais, atuais ou antigos. Só que na última estada de Isadora, a pulga foi parar atrás da orelha da menina, tagarelando como um papagaio: - Mentira, mentira, mentira... Na verdade, a avó trouxe para a menina, misturados no conto, três provérbios que intrigaram Isadora: Sol e chuva, casamento da viúva. Chuva e Sol, acasalamento do caracol. No fim do Arco-íris, um pote de ouro existe. A pequenina recusava-se a acreditar e questionava a avó, que calmamente afirmava, tudo depender do poder da imaginação e da criação de cada pessoa. Mas que não eram mentira, não eram. O fim de semana acabou, e a menina em casa ficava à espera do encontro do sol e da chuva. Eram t