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Mostrando postagens de fevereiro, 2011

RESUMIDAS IMPRESSÕES: O Eu em Cubos, Contos Terapêuticos, Ewandro Magalhães Jr

Por Fernanda Matos Escolhi este livro, nessa minha semana atribulada, apressada, por ele ter apenas 96 páginas, assim, eu o terminaria a ponto de deixar “blogada” no fim de semana minhas resumidas impressões... Para minha surpresa cada página, ou melhor, a cada frase uma cena ou muitas, as páginas triplicaram de informações. O autor é detalhadamente descritivo, vejo mesmo um monte de pequenas cenas, no livro e em mim, quase sentindo o cheiro que haveria nelas, com certeza, relembrando antigos odores... Antes mesmo de começar , peguei minha lanterna para iluminar a dedicatória, o escuro que dá medo a muitas pessoas: “ A meu pai, que prometeu ”. Prometeu o quê? Isso nem tanto me interessa... mas será que cumpriu? Acho que não, afinal se o autor escolheu a palavra “prometeu” ao invés, por exemplo, da palavra “realizou”, tendo a compreender que tudo parou na promessa. Por outro lado, Prometeu, na mitologia grega, não foi quem roubou o fogo dos deuses para dar aos homens? Então, posso ente

RESUMIDAS IMPRESSÕES: Fomos Maus Alunos, Gilberto Dimenstein e Rubem Alves

Por Fernanda Matos A primeira vez que li este livro foi em 2004, e nas conversas anotadas nele, percebo reflexões interessantes que fiz enquanto lia, lembranças do meu tempo de escola, vozes que não tive enquanto aluna. Hoje, 2011, marco novas palavras, agora como mãe de aluno. E como a maternidade me aproximou de mim mesma, as emoções que o livro me causa resultam num rebuliço estomacal enorme, porque me sinto impotente. Tento, então, integrar minhas impressões de criança, adulta e mãe, e buscar novas pequenas ações para mim e meu filho. A começar, fui o que muitos diriam, uma excelente e obediente aluna: tudo que me mandavam eu fazia, sem muitos questionamentos exteriorizados, aprendia o conteúdo, tirava notas boas e era da turma das certinhas da frente. Matemática era ótimo, artes também (até me dizerem que o que eu produzia não era artes), música não era comigo, não daquele jeito, mas não reclamei. Gostava de gramática, mas detestava literatura, só agora sei o porquê... Burlei muit

Esse filme de novo?

Estávamos passando as férias escolares na casa de minha mãe, eu e o meu filho. Acostumada com um tipo de gosto dele, que coincide com o meu, não tinha ainda refletido sobre o porquê de tal apreciação. A avó nos levantou a questão: - Afinal de contas, por que vocês gostam de assistir um filme mais de uma vez? Mais de três vezes? - Porque é legal. – Responde o neto. - Por que é que é legal? – pergunta a avó. - Porque a primeira vez, eu conheço a história. Daí em diante, as outras vezes, vejo os detalhes. E sempre vejo detalhes diferentes a cada vez diferente que o filme passa. – Responde sabiamente o menino. Não são apenas os filmes que as crianças gostam de ver centenas de vezes. Quando muitas dormem ao som das vozes de seus pais ou cuidadores contadores, pedem, imploram para lhes narrarem aquela mesma história; insistem ainda mais, se baseadas em fatos reais ou relacionadas com a própria vida da criança ou da família. Lembro-me, aos seis anos, na casa de minha bisa, dormindo em sua cam

Discretas Mãos

Antigas unhas arredondas Pintadas da fina francesinha, Enfeitaram minhas discretas mãos, Que tanto estiveram sozinhas.

Seco Sonho

O que fora um dia realidade, Nem mesmo está na saudade. O sonho secou. Nenhuma expectativa restou, Do casal e do amor Puro, ingênuo e sem dor: Sonho de menina-bebê que nunca mais se apaixonou. Fernanda Barros de Matos (Varal 04/472 - Ano X - Exrecício do Grupo de Poesias Luna &Amigos; 7 linhas, 7 versos;)

Brinde

Entre taças e traças, Mãos brindam as couraças Das riquezas falsas e farsas, Da minha vida e de outros comparsas... Que o desumano desmatamento Chore em mim e em ti a chuva do deslizamento Da hipocrisia ao verdadeiro renascimento. Fernanda Barros de Matos (Varal 03/471 - Ano X - Exrecício do Grupo de Poesias Luna &Amigos; 7 linhas, 7 versos;)

Para você, quando nasceu Jesus?

- Para você, que quase morreu, quando nasceu Jesus? - Quando vi meu menino-filho no breu, como se estivesse pregrado na cruz, grudado em mim o pai-salvador, bebendo da minha saliva e eu, do nosso grande e eterno amor. Fernanda Barros de Matos (Varal 02/470 - Ano X - Exrecício do Grupo de Poesias Luna &Amigos; 7 linhas, 7 versos;)

Solidariedade

Em meio as chuvas, Aos destroços e lama, A população brasileira é roubada: Alguns donativos são desviados por luvas, loucuras, não tocadas pelo drama da vizinhança despedaçada. Quanta desabrigada solidariedade. Quanta perversidade! Fernanda Barros de Matos (Varal 01/469 - Ano X - Exrecício do Grupo de Poesias Luna &Amigos; 7 linhas, 7 versos;)

Tippi

Na minha cabeça Tippi, minha nova consciência, meu calango falante aconselha-me nova direção a seguir: Dar ênfase a vida apaixonante, galopar, nadar e rir, Esquecer de que sou errante, Acalmar o pensar, investir no sentir. Fernanda Barros de Matos (Varal 52/468 - Ano IX - Exrecício do Grupo de Poesias Luna &Amigos; 7 linhas, 7 versos;)

Paz para o Rio

Em Brasília, de férias, eu rio das tramas que inventam minhas crianças... Lá na serra, no Rio, mães choram das lamas que levam suas crianças... Que desequilíbrio... natural? Fernanda Barros de Matos (Varal 51/467 - Ano IX - Exrecício do Grupo de Poesias Luna &Amigos; 7 linhas, 7 versos;)

RESUMIDAS IMPRESSÕES: A Cabana, William P. Young

Por Fernanda Matos Este é um livro cuja origem e autor me é tão desconhecida como, ao estourar nas livrarias, fez-se bastante conhecido. Resisti muito ao lê-lo, afinal mais parece um livro de auto-ajuda... Por outro lado, dependendo do que se faz com as palavras lidas em quaisquer lugares, elas poderão nos auxiliar em nossas reflexões e descobertas. Enfim, ganhei-o de presente há um ano, momento em que o li, de uma pessoa que hoje estou afastada e por quem desde a minha adolescência escondi certa mágoa. Ofertei-o também de presente, a outra pessoa que também indiretamente alimenta outra mágoa minha... A Cabana traz uma história catalisadora da qual nem tenho coragem de repetir, de tão feia que a vejo e sinto. E quem quiser que vá lê-lo. Assim como uma das personagens, também me escondo e me privo de falar sobre esse acontecimento tão horroroso. No entanto, semelhante à personagem, entrei na caverna das minhas tristes histórias pessoais e por lá fiquei até ontem, quando as palavras que