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Mostrando postagens de março, 2011

O que você sente pela minha filha?

- Dona Fulana, gostaria mais uma vez de lhe pedir auxílio. Sua filha voltou a ficar muito quieta, de cabeça baixa, sem interagir com os colegas e nem comigo. Eu não a entendo... - Sei professora o que você está tentando me dizer. Mas quero lhe fazer uma pergunta muito pessoal, posso? - Claro. - No fundo da sua alma, o que você sente pela minha filha? E tentando disfarçar o susto de uma pergunta tão direta e inesperada, a professora responde: - Ah, sua filha é muito inteligente, meiga, não dá trabalho... A mãe abaixou a cabeça e se calou, semelhantemente ao comportamento da filha. No fundo de seu coração (quem sabe do da menina também) e com a resposta que recebeu, compreendeu perfeitamente a professora, ela não só não acessa o mundo da sua filha, como o próprio mundo dos sentimentos. Não é a primeira vez que escrevo passeando por esse tema do sentir. Em cujo padrão de respostas ao meu redor, no consultório e fora dele, é da rasa ou prolixa explanação de fatos ou pensamentos, deixando m

Palavras Mágicas

Na educação moderna, onde um dos quesitos é ser consciente do papel de educador, para além do autoritário sistema tradicional de criação, usufruindo-se do leve lúdico ensinar-aprender, o que dantes era repetido impositivamente como “Seja bem educado!”, agora, faz-se de maneira disfarçadamente democrática, dizendo-se “Cadê as palavras mágicas?”. Como se a magia das palavras estivesse na educação socialmente estabelecida. Estas palavras mágicas podem ser classificadas em três grupos distintos: 1) Do Desejo, do pedir: “Por favor,” 2) Do Agradecimento: “Muito obrigada,” 3) Do Arrependimento: “Desculpas,” É incrível o poder destas palavras. Crianças que as aprendem ganham lugares especiais nas relações com adultos. São vistas como criaturas boazinhas, do bem, delicadas... “bem educadas!”... Eu também, por vezes, rendo-me ao encanto destes serzinhos graciosos com fala macia, boca limpa, que soltam feitiços no ar, seduzindo a todos, ou quase todos. Porque tem outros momentos, que ao invés de

RESUMIDAS IMPRESSÕES: Vida Útil do Tempo, Raimundo Gadelha

Por Fernanda Matos Vida Útil do Tempo : Vida Útil, tudo - eu vivo. Tempo inútil, as lamúrias – eu choro. O tempo cura tudo – eu espero. Simplesmente – eu imploro. Amor e o tempo : Edificante felicidade – eu busco. Espelhos embaçados, a dor – eu tento ver. Desenho da ausência – eu esboço. Sem motivos e apesar dos sonhos – eu justifico. Questão de tempo , vida cíclica – eu barganho. Resíduos residenciais , creme ou amarelo? Frio – eu resto. Posta restante , insistente humilhação – eu, a negação. Dualidade , o bom e o ruim juntos – eu, a realidade. A mulher do binóculo , não há nada perto – eu defendo. Chamada não atendida , de madrugada – eu não atendo. Tristura , triste feiúra – eu adentro a mistura e o mistério. Cultivo , no barril de carvalho – eu me maturo presa ao tempo. Mescla de Verde e Azul , entre o ver e o sentir – eu, a aceitação. Fotos coloridas , fechadas velhas gavetas – eu entreabro gavetas vazias. Pleno sentido – eu sorrio também. Tempo e Memória: Cigano vento, leva

RESUMIDAS IMPRESSÕES: As 12 Etapas do Perdão, Paul Ferrini

por Fernanda Matos Não me lembro se foi numa segunda ou quarta-feira, pouco importa também. Chego em casa, minha nova-antiga casa, em meio as minhas mudanças e arrumações e meu cansaço, e lá está ele a minha espera: Minha primeira correspondência da mudança, um pacote maior do que uma conta-cobrança que se costuma receber pelos correios, um gordo, grande e alegre envelope para mim. Remetente? Ele! Meu querido amigo. Abro e leio: “ Já tinha falado do perdão há algum tempo, e na semana que passou li teu blog, onde havia um texto sobre perdão. Lembrei de um livro, e resolvi enviar a ti... segue teu presente: As 12 Etapas do Perdão, de Ferrini ” Da alegria que senti ao ver o embrulho, ao desembrulho, espanto e curiosidade, que título?!... E uma carta com uma bem gravada em mim a antiga e torta grafia Dele! Meu primeiro grande amigo e namorado... tínhamos por volta dos dez anos, e esperávamos juntos nossos pais nos buscarem depois das aulas. Já tínhamos naquela época conversas compridas e d