- Dona Fulana, gostaria mais uma vez de lhe pedir auxílio. Sua filha voltou a ficar muito quieta, de cabeça baixa, sem interagir com os colegas e nem comigo. Eu não a entendo... - Sei professora o que você está tentando me dizer. Mas quero lhe fazer uma pergunta muito pessoal, posso? - Claro. - No fundo da sua alma, o que você sente pela minha filha? E tentando disfarçar o susto de uma pergunta tão direta e inesperada, a professora responde: - Ah, sua filha é muito inteligente, meiga, não dá trabalho... A mãe abaixou a cabeça e se calou, semelhantemente ao comportamento da filha. No fundo de seu coração (quem sabe do da menina também) e com a resposta que recebeu, compreendeu perfeitamente a professora, ela não só não acessa o mundo da sua filha, como o próprio mundo dos sentimentos. Não é a primeira vez que escrevo passeando por esse tema do sentir. Em cujo padrão de respostas ao meu redor, no consultório e fora dele, é da rasa ou prolixa explanação de fatos ou pensamentos, deixando m